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A tecnologia aplicada à segurança pública multiplica a produtividade dos efetivos policiais

Destinar verbas orçamentárias para fortalecer as corporações de segurança pública é estratégico para os diferentes níveis de governo; na verdade, investir para reforçar o equipamento tecnológico revoluciona a capacidade das polícias e dos corpos de segurança para que efetivamente mostrem resultados.

Esta é uma das grandes conclusões extraídas do Taller de Medios Tecnologia, Seguridad y Periodismo: Agenda urgente no México, organizado pela Teltronic e com a participação de especialistas em assuntos de segurança nacional e pública, e representantes da indústria das rádio e telecomunicações.

Portanto, a tecnologia aplicada à segurança pública multiplica a produtividade dos efetivos. Um policial dotado de equipamento tecnológico, e que atue em um ambiente interconectado e comunicado, é mais eficiente do que quatro elementos destacados na rua, sem tal recurso.

Investimentos estratégicos: mais tecnologia, menos policiais

“Nos últimos anos, as decisões orçamentárias aumentaram os investimentos destinados à segurança pública. E isso é estratégico, pois da segurança dependem o bem-estar social e econômico. Na verdade, consideramos que é urgente que esses investimentos sejam destinados a equipar tecnologicamente as equipes de segurança pública, responsáveis por essas tarefas. O momento que vive o país em matéria de segurança pública é um desafio e uma oportunidade; a tecnologia bem aplicada pode ser aliada fundamental da autoridade”, declarou o diretor da Teltronic no México, Óscar Fernández durante sua apresentação. Esses investimentos permitiram que as secretarias de Defesa Nacional e da Marinha, bem como a Guarda Nacional, um modelo de polícia militar, elevem sua capacidade de força, principalmente somando elementos a suas fileiras. Segundo os dados coletados pela Teltronic, todas essas corporações, incluída a Secretaria de Segurança e Proteção do Cidadão, tiveram aumento em sua participação orçamentária.

Guarda Nacional: de $29,286 milhões em 2020 para $35,672 milhões em 2021 (aumento de 17,7%)

Sedena: de $94,029 milhões em 2020 para $112,557 milhões em 2021 (aumento de 15,7%)

Marinha: de $33,558 milhões em 2020 para $35,477 milhões em 2021 (aumento de 2,1%)

SSyPC: de $60,151 milhões em 2020 para $63,442 milhões em 2021 (aumento de 1,9%)

O crime evolui, mas as polícias não…

Os grupos criminosos cresceram tecnologicamente nos últimos meses e cometeram crimes que não eram comuns, mas que ganham terreno em incidência: 20% dos delitos que se cometem atualmente no México têm algo a ver com a internet. Diante desse fenômeno, as corporações municipais de polícia, principalmente, ficaram de mãos atadas diante da falta de equipamento tecnológico para combater tais delitos.

“Cerca de 80% de todo o efetivo policial do país usam seu próprio dinheiro para adquirir seus equipamentos, inclusive de comunicação. Muitos usam seus próprios celulares e em certos casos não se comunicam por falta de recursos: não têm dinheiro para recarregar o crédito de seus celulares. O problema chegou a esse ponto”, destacou o especialista em Segurança Nacional, Alejandro Hope.

Alejandro Hope durante su intervención en la jornada

“A abertura do mercado é uma oportunidade para a inovação, porque os fornecedores oferecem alternativas e oportunidades orçamentárias que não são comuns. O problema de ter um único fornecedor é que é esse fornecedor quem define o preço, mas agora pode-se ter mais concorrência para obter esses serviços”, destacou.

Integração em um novo modelo policial com perfil tecnológico

Desde que começou o atual governo, o número de militares que vigiam as ruas foi duplicado. Esse número saltou de 30.000 nos seis anos anteriores para 80.000 na atual administração, e a três anos de seu início já atingiu 160.000 efetivos. Realmente, para o representante de Missão Crítica da Teltronic, David Ludeña, este amplo salto não gerou uma melhora na segurança, como mostram os indicadores de delitos. No entanto, o modelo nacional planejado tem grandes benefícios potenciais.

“Em nosso ponto de vista, está claro que a radiocomunicação e outras ferramentas de bases de dados ajudariam para que o modelo planejado por este governo venha a surtir efeitos e que realmente tenhamos uma medição da produtividade policial”, declarou o especialista em radiocomunicação da Missão Crítica.